Até março de 1859 encontrava-se no comando do 6° Batalhão de Infantaria na Vila de São Gabriel, RS, o tenente-coronel Antonio de Sampaio, quando em cumprimento de um aviso do ministro da Guerra de 19 de abril, o senador Manuel Felizardo de Sousa Melo, Sampaio teve de passar o comando e viajar para o Rio de Janeiro.
O ministro da Guerra, senador Manuel Viera Tosta, e o da justiça Barão de Muritiba, eram oficiais do Exército e conheciam de sobra o valor militar de Sampaio, então eles decidiram que nada mais normal que o comandante da 9° de Infantaria, disciplinasse o Corpo Policias da Corte.
Era 27 de maio de 1859, quando o então tenente-coronel, Antônio de Sampaio, assumiu o posto de comandante-geral do Corpo Policial da Corte, e tornando-se o 10° comandante da corte, substituindo ao coronel Gomes de Freitas, a solenidade da passagem do comando foi realizada no quartel central, conhecido como dos Barbonos.
Somente em 1° de junho a Ajudância-General do Exército, publicava: “Nomeação do tenente-coronel, comandante do 6° Batalhão de Infantaria Antônio de Sampaio para comandante do Corpo Policial da Corte”.
Na época de Sampaio, o Corpo Policial da Corte contava com o efetivo de quase 600 homens, com 14 oficiais no estado-maior e menor, cerca de 21 oficiais de companhias e 560 praças entre os quais 15 corneteiros, clarins e ferradores.
Naquela época era missão do Corpo Policial, fazer o serviço de policiamento da cidade; auxiliar as autoridades do município no desempenho de diligências, mantendo postos de guardas e destacamentos em diversos distritos e arrabaldes da cidade; destacar praças para conduzir presos da capital para as províncias; assegurar a guarda urbana de vigilância nas freguesias centrais; porém, em face de uma cidade populosa e vasta como o Rio de Janeiro, seu efetivo era reconhecidamente insignificante.
O então coronel Antônio de Sampaio comandou o Corpo Policial da Corte até 6 de dezembro de 1859, isto é, por seis meses e cinco dias, em sua curta administração de sei meses, Sampaio conseguiu um fornecimento de para o Arsenal de Guerra da Corta 6.000 cartuchos embalados e 8.000 espoletas para o serviço diário de policiamento, como era de se esperar o coronel mostrou-se preocupado em manter o bem alto o padrão disciplinar da corporação sob seu comando e fazendo bom uso do Artigo 57, do Regulamento de 1858, solicitou e obteve passagem para o Exército de 13 praças “por faltarem continuadamente ao serviço”.
Durante seu comando na Corte, Sampaio foi elogiado em Ordem do Dian°152 de 30 de setembro de 1859, em face do Ofício n° 3.656, do Inspetor do 1° Distrito de Infantaria, nos seguintes termos: Pela exatidão e moralidade, no comando da corte.
Postado: Matheus Costa
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