segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Patrono da Infantaria




Antônio de Sampaio foi consagrado, em Dec. 51429 de 13 mar 1962, patrono da Arma de Infantaria, onde se destacou como bravo e modelar líder de combate, instrutor e disciplinador da Infantaria, a frente da qual, representada pela sua 3ª Divisão de Infantaria, a Divisão Encouraçada, teve seu glorioso encontro com a glória militar em 14 mai 1866, na Batalha de Tuití, onde se constituiu em fator decisivo para a vitória.
Sampaio chegou ao Rio Grande do Sul ao final da Revolução Farroupilha, onde, no comando de uma companhia de Infantaria, estacionou quase 5 anos em Canguçu, como instrumento de consolidação da Paz de Ponche Verde e próximo de Piratini e Caçapava, antigas capitais da República Rio-Grandense (1836-45).
A seguir Sampaio empenhou-se a fundo no comando sucessivo de batalhões e brigadas de Infantaria. Em pouco transformou-se num consumado condutor de homens, conhecedor profundo do terreno e mestre em adestrar e empregar a Infantaria. Combateu na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52) quando participou da Batalha de Monte Caseros, como integrante da Divisão Brasileira.
Comandou um Batalhão de Divisão de Observação que penetrou em Montevidéu em 7 mai 1859, a pedido do Presidente oriental Venâncio Flores. Na guerra contra Aguirre teve atuação destacada a frente de uma Divisão, na conquista de Paissandú, o que lhe valeu sua promoção a brigadeiro.
Durante a guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-70), que fez como oficial general, teve atuação destacada até Tuití.
Dionízio Cerqueira, o maior cronista do conflito no Paraguai e integrante da Divisão Encouraçada e subordinado de Sampaio, escreveu em Reminiscências da campanha do Paraguai:
"A idéia de eu passar para a Infantaria não me abandonava. Esta arma exercia sobre mim indizível fascinação. Quando passava um daqueles belos batalhões da Divisão Sampaio, a Encouraçada, de bandeira desfraldada, os pelotões alinhados, guardando bem as distâncias, marchando airosos e elegantes, ao som alegre de um dobrado vibrante, não me podia conter, e punha-me a marcar passo..."
E mais adiante. "Fui apresentar-me ao general Sampaio. O ilustre general, glória do Exército pelo valor e amor a disciplina, estava uniformizado, debaixo de uma ramada, lendo uma história de Napoleão, seu capitão predileto. Quando me viu, fechou o livro, marcando-o com o indicador da mão esquerda".






Postado : Elisa Fülber

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